domingo, 12 de julho de 2009

A espera das horas

Cada minuto, segundo
tragédia inominada
em cada desejo imundo
a cada hora marcada

felicidade galopante
tristeza abundante
ódio da face irritante
relógio, tic-tac...

minha felicidade se perdeu
cansei da espera
entre um ponteiro e outro
cansei das horas

tic-tac...tic-tac...tac-tic!
não importa
já perdi
cansei das horas, cansei de ti

cada minuto, segundo
a tragédia já formada
e cada sentido sem sentido
à espera...inacabada.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Eis que volto aqui, ainda sem minha pérola editorial, mas com um textículo (sem ofensas à quem não entendeu o trocadilho, claro...)

Capítulo 1 - 'Infortuneteller' -

Bem, minha vida se resumiu a passagens desgovernadas de depressão e ascensão, talvez similar a uma Roma sentimental e psicológica... É engraçado dizer isso quando eu não estou sentindo nada nesse exato momento. Nem infortúnio, nem angústia, taanto menos felicidade ou algo similar... Analisando alguns aspectos dessas passagens se pode remontar inúmeras cenas de um teatro abandonado, poucos personagens no palco não resumiriam uma peça ruim, mas talvez um script pequeno ou direcionado para poucos atores...
O que eu quero dizer é que nesses anos vividos como em cima de uma montanha russa, me serviram para refletir o que eu fazia e ainda faço com as pessoas que me circulam, as vezes as trato como os atores da peça da minha vida outras, apenas tento contradizer a minha direção mudando-as de importância no que seria esse teatro da vida... Enfim... Algumas coisas com pouca relevância durante o momento vivido, mas que quando são analisadas refletem minha total falta de real interesse nelas, Transformando o que parecia uma banal peça de teatro, num simples plano de fundo em branco.
Ausente de qualquer consolo espiritual ou filosófico, ou até mesmo anteogênico como uma vez citou minha terapeuta, eu acabei buscando meios de me 'buscar' e tentar entender passos fundamentais dentro de mim... Em resumo...Me frustrei [risadas].
Buscando uma fundamentação freudiana (ou fróidiana como li em um artigo na internet) percebi que meu caráter psicológico se baseava no pi-freudiano da bissexualidade. Bem não que eu realmente fosse bissexual, mas me dirigia a todos com essa energia e motivação e pelos meus atos ou anteriores análises do comportamento, percebi como a manipulação praticamente explícita, se operava através dos meus olhos, boca e corpo. Enfim não quero que vocês acabem digerindo um tratado psicológico... Mas entendam eu era um titereiro em suma... Uma criança pidona ou um cão SRD que ficava mendigando atenção.
Me tornei o oposto de um Leitor da Sorte, praguejando, com meu auto-moralismo e um decadente senso de negativismo, caso que me tornei o que sou agora. alguns podem dizer pelo arquétipo da leitura, que sou um psicótico-maníaco-depressivo, ou até um outro doente que tortura os outros por diversão. Mas não. Ao passo que fazia inconsciente algo degenerativo à mim e aos outros...
Não quero lustrar minha pérola e vender a vocês a imagem de um santo, muito menos um alguém digno de nota. Sou isso e ponto. Um ser humano dotado de faculdades criativas e destrutivas, um caos organizado e uma panela de pressão no ponto de bomba. Sou o Flagelo e a Redenção de mim mesmo, assim como cada um é o seu próprio espinho e alívio.
[risadas] Perdi um amigo, isso foi doloroso...Mais doloroso ainda foi constatar o porque de tanta dor, nunca julguei o fato de termos menos de algumas horas de proximidade um fator de impedir uma amizade com ele. Mas a questão é... Eu queria pra mim o que ele era. Uma inveja contorcida em desejo? Não! Um amor homossexual incubado na amizade hétero? Muito menos... Eu desejava ele perto de mim e ponto. Egoísticamente falando. Ciúmes! Na cara dura, sem meias palavras... E agora ele vai viajar e ficar longe de mim definitivamente... Um alívio da dor que eu sentia por não pdoer cmpartilhar com ele momentos mais amigáveis ou então um simples beber de chopp enfim... Morreu.
Sentiu o drama? Tá eu sei que foi exagero da minha parte eu negritar Drama mas foi o jeito mais autêntico que eu encontrei... Pra expressar que minha dor.... Era tipo...ou alguma coisa assim...
Não gosto de despedidas, as odeio, são incertezas jogadas ao vento que não podem ser colhidas... Por isso através dessa carta e de outras que eu escrevi, acabei me afastando dele... Sou um gerador de infortúnios e por isso pretendo não incomodar mais ninguém com minha presença.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

ocupado...

Peço desculpas aos meus amigos, mas por motivos de trabalho não poderei postar aqui sempre.
:) peço a compreensão de todos e até

sexta-feira, 27 de março de 2009

Paladinos do mundo uni-vos!

Estou decidido a fazer um manifesto em favor daqueles que tem suado, labutado, sofrido e chorado pelo bem estar público. Não falo somente de 'Madre Teresas' ou de 'Cristos' mas falos das pessoas que durante décadas tem nos ajudado sem nem ao menos retribuir os favores...
Eis que manifesto minha angústia em perceber que ninguém louva a eles. Ninguém se lembra de tais trabalhadores de última hora, ninguém chega a interrogar-se perguntando quem seriam eles, eles não tem férias, não tem salário, não tem motivação sequer a não ser o amor por nós e talvez algum outro comprometimento.
São nossos os encargos trata-los bem, mantermos uma relação saudável com os mesmos e até tentar ler em suas mensagens as oportunidades de crescimento. Falo em protesto pelo Ego, manifesto seus desejos através dos meus.
Sempre esquecemos que somente através dele nós podemos crescer, ouvindo seus argumentos, entendendo suas necessidades e traduzindo os símbolos de sua comunicação em atitudes e em movimento.
Nosso Ego sempre crucificado, como sendo objeto de tantas repreensões, nunca teve seu valor observado de fato, sempre sendo o estopim do Egoísmo ou a fonte de tantos mergulhos mal sucedidos em nossas próprias mentes... Ele o Ego, objeto de tanta discórdia, de tanta repreensão, deve ter seus direitos revistos e algumas pessoas deveriam até incorporar seus 'alter-egos' como maneira de compensar aquilo que a tempos fora negado.
Através desta, manifesto o desejo dos paladinos do mundo, pois suas vozes são silenciosas, seus atos são despercebidos e seus desejos desconsiderados.

terça-feira, 24 de março de 2009

Fingidor, eu?

Desprovido de invólucro melhor, eis que me encontro aqui. Encarcerado em desejos, escancarado em emoções, feliz e envolvido em algo ao qual me parece um deja vu, um filme da seção da tarde, antigo e descaracterizado pelo bolor.
Eis que me vejo assim, desfigurado, enojado de mim por ser tão humano e passional. Um rosto desprovido de face, desprovido de emoção, desprovido de uma forma para o que eu sinto. E eu sinto, sinto muito. Sinto de forma agonizante o fluxo de emoções, cada célula, cada nervo, cada poro, a emitir uma única vibração de desconforto da qual eu não posso emitir sequer um som ou sorriso aparente nem o mínimo olhar condescendente.
E mesmo navegando em meio a esse oceano de puras verdades sobre mim, me confronto com um deserto árido do que desejo mostrar, aparentar, viver... Pois sempre soube o que fui, o que sou. Os desejos mais indizíveis de um lobo voraz em pele e pêlo de uma ovelha, pastoreada vulgarmente nos campos da cruel sociedade na qual minha alma fria jaz inócua. Desprovida de face, desprovida de corpo, desprovida de mente.

Através de um espelho escurecido

Através dos nossos sentidos, podemos avaliar o mundo em que vivemos e expressar através da nossa voz, dos nossos olhos e da maneira como nos comportamos, nossa opinião a respeito do que absorvemos ao nosso entorno. Mesmo que esses 'apontamentos' sejam deturpados pela nossa percepção exagerada, entregamos aos outros nossa verdadeira face, mesmo que esta verdadeira face seja um personagem plástico.
No entanto, quem somos nós, para julgar os outros por aquilo que fazem? Enfim. A percepção do mundo é um espelho escurecido, no qual se reflete apenas aquilo que desejamos realmente ver, e isso também inclui o que realmente somos.
Uma marionete, não é aquilo que se deixa controlar, mas aquilo que não sabe onde se encaixa, um aquilo que não se enxerga e se torna alheio ao mundo em que vive, eis que seu livre arbítrio se resume então a uma repetição de coisas ensaiadas e teatralizadas... O ser fake e ignorante, de si mesmo. Este refúgio, pretende trazer a percepção, mesmo que escurecida do ser humano, para ser discutida e então poder se tornar algo maior do que meramente uma sombra.