terça-feira, 5 de maio de 2009

Eis que volto aqui, ainda sem minha pérola editorial, mas com um textículo (sem ofensas à quem não entendeu o trocadilho, claro...)

Capítulo 1 - 'Infortuneteller' -

Bem, minha vida se resumiu a passagens desgovernadas de depressão e ascensão, talvez similar a uma Roma sentimental e psicológica... É engraçado dizer isso quando eu não estou sentindo nada nesse exato momento. Nem infortúnio, nem angústia, taanto menos felicidade ou algo similar... Analisando alguns aspectos dessas passagens se pode remontar inúmeras cenas de um teatro abandonado, poucos personagens no palco não resumiriam uma peça ruim, mas talvez um script pequeno ou direcionado para poucos atores...
O que eu quero dizer é que nesses anos vividos como em cima de uma montanha russa, me serviram para refletir o que eu fazia e ainda faço com as pessoas que me circulam, as vezes as trato como os atores da peça da minha vida outras, apenas tento contradizer a minha direção mudando-as de importância no que seria esse teatro da vida... Enfim... Algumas coisas com pouca relevância durante o momento vivido, mas que quando são analisadas refletem minha total falta de real interesse nelas, Transformando o que parecia uma banal peça de teatro, num simples plano de fundo em branco.
Ausente de qualquer consolo espiritual ou filosófico, ou até mesmo anteogênico como uma vez citou minha terapeuta, eu acabei buscando meios de me 'buscar' e tentar entender passos fundamentais dentro de mim... Em resumo...Me frustrei [risadas].
Buscando uma fundamentação freudiana (ou fróidiana como li em um artigo na internet) percebi que meu caráter psicológico se baseava no pi-freudiano da bissexualidade. Bem não que eu realmente fosse bissexual, mas me dirigia a todos com essa energia e motivação e pelos meus atos ou anteriores análises do comportamento, percebi como a manipulação praticamente explícita, se operava através dos meus olhos, boca e corpo. Enfim não quero que vocês acabem digerindo um tratado psicológico... Mas entendam eu era um titereiro em suma... Uma criança pidona ou um cão SRD que ficava mendigando atenção.
Me tornei o oposto de um Leitor da Sorte, praguejando, com meu auto-moralismo e um decadente senso de negativismo, caso que me tornei o que sou agora. alguns podem dizer pelo arquétipo da leitura, que sou um psicótico-maníaco-depressivo, ou até um outro doente que tortura os outros por diversão. Mas não. Ao passo que fazia inconsciente algo degenerativo à mim e aos outros...
Não quero lustrar minha pérola e vender a vocês a imagem de um santo, muito menos um alguém digno de nota. Sou isso e ponto. Um ser humano dotado de faculdades criativas e destrutivas, um caos organizado e uma panela de pressão no ponto de bomba. Sou o Flagelo e a Redenção de mim mesmo, assim como cada um é o seu próprio espinho e alívio.
[risadas] Perdi um amigo, isso foi doloroso...Mais doloroso ainda foi constatar o porque de tanta dor, nunca julguei o fato de termos menos de algumas horas de proximidade um fator de impedir uma amizade com ele. Mas a questão é... Eu queria pra mim o que ele era. Uma inveja contorcida em desejo? Não! Um amor homossexual incubado na amizade hétero? Muito menos... Eu desejava ele perto de mim e ponto. Egoísticamente falando. Ciúmes! Na cara dura, sem meias palavras... E agora ele vai viajar e ficar longe de mim definitivamente... Um alívio da dor que eu sentia por não pdoer cmpartilhar com ele momentos mais amigáveis ou então um simples beber de chopp enfim... Morreu.
Sentiu o drama? Tá eu sei que foi exagero da minha parte eu negritar Drama mas foi o jeito mais autêntico que eu encontrei... Pra expressar que minha dor.... Era tipo...ou alguma coisa assim...
Não gosto de despedidas, as odeio, são incertezas jogadas ao vento que não podem ser colhidas... Por isso através dessa carta e de outras que eu escrevi, acabei me afastando dele... Sou um gerador de infortúnios e por isso pretendo não incomodar mais ninguém com minha presença.